Para exercer uma odontologia de excelência e prestar um atendimento diferenciado, não basta ter domínio da parte técnico-científica, mas também oferecer ao paciente uma experiência agradável, acessível e minimamente confortável.
Em relação ao paciente cadeirante, o consultório, conforme publicado em post recente, deve estar adaptado para que o paciente consiga se deslocar e se movimentar na cadeira de rodas dentro do consultório. Porém, a cadeira odontológica ainda se mantinha como um "problema": era necessário tirar o paciente da cadeira de rodas, acomodar na cadeira odontológica, e, ao término do trabalho, colocá-lo novamente na cadeira de rodas. Essa movimentação, de acordo com informações colhidas na literatura, apresentam os seguintes inconvenientes:
1) Segurança :dentista e paciente ficam temerosos em relação à acidentes que podem ocorrer nesse pequeno deslocamento;
2) Necessidade de mais gente: é necessário que mais pessoas, além do dentista, estejam presentes na sala para pegar o paciente no colo e realizar a troca da cadeira, o que faz com que o paciente se sinta como se tivesse pouca autonomia naquele ambiente, idéia que se mostra totalmente oposta à filosofia da acessibilidade;
3) Aumento do tempo de trabalho:demora até conseguir posicionar o paciente na cadeira Odontológica.
4) Dificuldade em conseguir uma posição ergonomicamente aceitável de trabalho, tanto para o dentista quanto para o paciente.
Diante de tais variáveis, foi criada a cadeira de rodas odontológica conhecida como “Wheelchair dentistry” ou "Dental Chair".
Trata-se de uma plataforma ou platô, onde o paciente usa sua própria cadeira de rodas como cadeira odontológica.Com esse recurso, todos os inconvenientes acima citados são eliminados.
Acessibilidade, conforto e bem estar.
O paciente se sente valorizado e o dentista apto a prestar atendimento de qualidade sob a ótica da inclusão e versatilidade.
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