Por Thays Eduarda
As pessoas com deficiências não eram vistas a
penas como ‘’deficientes’’, mas como um fardo aos grupos ou tribos. Seres
incapazes de produzir ou mesmo de se manter e, portanto, inúteis para a
comunidade.
Fatalmente em pleno século XXI ainda se
percebe reptícios deste pensamento altamente preconceituoso. Embora seja cada vez maior a discussão sobre temas relacionados
à acessibilidade, direitos básicos como ir e vir, à inclusão no mercado de
trabalho, no ambiente escolar e acadêmico entre outros, sabemos que muitas
pessoas com deficiência continuam sofrendo com o desrespeito e com o
desinteresse de parte da sociedade.
Ainda
existem exemplos de discriminação e/ou maus-tratos, mas o amadurecimento das civilizações
e o avanço dos temas ligados à cidadania e aos direitos humanos provocaram, sem
dúvida, um novo olhar em relação às pessoas com deficiência. (SILVA, 1986 pág.
128.)
A
luta pelo fim da discriminação precisa ser permanente e integrada. As políticas
de cotas para deficientes, por exemplo, colaboram para que se tenham acesso à
educação e emprego e também para que passem a ser vistos em ambientes onde
talvez não estivessem se não fossem estas políticas inclusivas.
Já
os casos de maus-tratos não podem ser tolerados e precisam ser exemplarmente
punidos. A discriminação, contudo, parece também estar relacionada ao fato de o
deficiente depender de auxílio em situações para eles comuns, tais como se
locomover através de uma cadeira de rodas num grande centro urbano. Só que é
preciso considerar que a verdadeira deficiência está no Estado - por vezes
ainda incapaz de, como dito noutro momento, assegurar um direito tão básico
quanto o de ir e vir – e não no cidadão que por motivo qualquer possui alguma
limitação.
Mas
cabe aqui perguntar: Há, pois, algum entre nós que não possua qualquer
limitação, seja física, intelectual, emocional ou de outra ordem? Acredito que não! Desta forma o
preconceito tende a diminuir na medida em que políticas inclusivas são adotadas
e que as pessoas passem a compreender que, de uma forma ou de outra, cada ser
humano possui suas singularidades que podem incluir variações físicas ou
mentais, mas que são as pluralidades que realmente importam; as quais nos
conduziram, ao longo do tempo, a viver em sociedade.
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