A ex-senadora Marina Silva decidiu se filiar ao PSB e sair como candidata a vice na chapa do governador Eduardo Campos (PE). A decisão foi tomada após conversas iniciadas na noite de ontem e concluídas na manhã deste sábado (5).
Até então, Marina era, assim como Campos, virtual candidata à Presidência da República nas eleições de 2014.
Segundo a Folha apurou, Marina está discutindo com aliados a melhor maneira de explicar publicamente as razões pelas quais seria vice na chapa. Em 2010, ela concorreu à Presidência e foi o “fator surpresa” ao conseguir 19,6 milhões de votos e ficar em terceiro lugar.
Para ampliar a força do grupo contra a polarização PT-PSDB, o PPS está sendo chamado a integrar a coalizão. O partido foi uma das legendas que ofereceu abrigo a Marina após o veto da Justiça Eleitoral ao partido que ela tentou organizar, a Rede Sustentabilidade.
A união tem o objetivo de formar uma consistente terceira via na corrida ao Planalto, em contraposição à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e à postulação do oposicionista Aécio Neves (PSDB).
Já segundo a Agência Estado, Eduardo Campos, vai anunciar na tarde deste sábado, 5, a adesão da ex-senadora Marina Silva ao PSB, em um acordo que inclui um abrigo ‘transitório’ aos apoiadores da Rede que queiram disputar as eleições do ano que vem.
Pelo acordo fechado diretamente entre o governador pernambucano e Marina Silva, na sexta à noite, os dois se postulariam como ‘pré-candidatos’ ao pleito de 2014, sendo que a definição do nome principal da chapa se daria no futuro, ‘sem ansiedade’.
Mas o coordenador executivo da Rede, Bazileu Margarido, revelou ao Broadcast Político que a ex-senadora ‘se disporia’ a ser vice de Campos por ‘reconhecer’ a sua candidatura. O anúncio da aliança ocorrerá nesta tarde, em Brasília. Segundo Bazileu, a opção pelo PSB se deu por ‘maior identidade programática e nos Estados’.
Agora, PSB e os partidários de Marina tentam levar para a aliança o PPS, partido que faz oposição ao governo Dilma Rousseff e que ofereceu abrigo a Marina quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o pedido de registro da sigla na última quinta-feira.
Nill Junior
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