Hoje é o Dia Internacional do Deficiente Físico!!! Não vamos dar parabéns, pois ninguém gosta de ser deficiente, mas tentaremos expressar um pouco das necessidades e reivindicações destas pessoas que necessitam de muita ajuda e não de boas ações. O Deficiente físico não é, na maioria da vezes, aquela pessoa que deseja que você tenha pena dela ou que queira ajuda. Ela apena pede respeito aos seus direitos e igualdade social.
No Brasil é muito difícil ser ou estar deficiente, pois essa pode não ser uma situação permanente e sim temporária, porque a nossa legislação não é respeitada pelo poder público, nem pelo setor privado e a população também não ajuda.
É impressionante como temos construções novas que não tem acessibilidade e a preocupação com as pessoas deficientes e idosas, nas ruas raramente vemos uma rampa decente para um Cadeirante (pessoa que se locomove com cadeira de rodas) utilizá-la ou quando temos no final dela tem um bueiro que pode prender as rodas dianteiras da cadeira e causar um acidente, as calçadas da cidade inteira estão tão deterioradas que é quase impossível andar por elas normalmente sem tropeçar, imagine um deficiente.
O transporte de um deficiente é feito de uma forma especial, pois ele não tem como subir em um ônibus, por exemplo, com sua cadeira de rodas. Por isso foram criados ônibus especiais para deficientes e cada linha deve ter um circulando, pelo menos no Rio de Janeiro, em horários regulares, porém os deficientes ficam limitados aos horários de circulação destes ônibus e sujeito a não utilizarem-o por quebra do mesmo. Ai pergunto: Porque não colocar a maioria dos ônibus adaptados? e acabo por responder também: O custo da empresa seria mais alto e isso reflete nos altos lucros. Gostaria de deixar os parabéns ao Metrô do Rio de Janeiro que em quase todas as estações tem a acessibilidade para os deficientes e seus seguranças são treinados para auxiliar um deficiente da forma correta.
Encontrar emprego para um deficiente é tarefa complicada. Os empresários acham que todo deficiente não tem condições de exercer uma função com especialidade e só oferecem cargos nas equipes de limpeza, reposição, office boy e caixas, no comércio. Essa mentalidade tem que mudar, pois temos vários deficientes graduados, especialistas e a maior parte deles dedicados ao que fazem e além disso ainda temo uma lei federal que impõe uma porcentagem de deficientes para empresas com um X números de funcionários, mas quem fiscaliza isso?
Ninguém aqui está dando uma de coitadinho, apenas pede-se os direitos básicos da constituição de ir e vir, educação e trabalho, seria isso pedir muito? Acho que nossos governantes podiam fiscalizar melhor e fazer alguns ajustes nas leis que temos, porque elas não são ruins, são mal fiscalizadas.
" Com o carinho de toda Diretoria da ADET, a todos os Associados e Portadores de Deficiência do Brasil".
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